"E amanhã se este chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão"
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão"
(Maria Bethânia. )
Você ficou.
Você ficou na imensidão
de uma paixão não vivida
Numa frase perdida
No poema esquecido
No ardil da minha invenção
de uma paixão não vivida
Numa frase perdida
No poema esquecido
No ardil da minha invenção
Você ficou amorenando a página
Rasgada em pedaços sofridos
Deixando os seus olhos na minha visão
Na rima frágil, me roubando o chão
Rasgada em pedaços sofridos
Deixando os seus olhos na minha visão
Na rima frágil, me roubando o chão
E no frenesi do desejo
Queimando o colchão
Ficou em silêncios perdidos
Numa doce aflição
De querer, sem querer tuas mãos
Queimando o colchão
Ficou em silêncios perdidos
Numa doce aflição
De querer, sem querer tuas mãos
Pela minha cintura, pela nuca
A doce covardia a dizer-me louca
Na minha ousadia de fazer-me pouca
E dizer que queria beijar sua boca
E sofrer quando disseste-me não
A doce covardia a dizer-me louca
Na minha ousadia de fazer-me pouca
E dizer que queria beijar sua boca
E sofrer quando disseste-me não
Você ficou assim encontrado
Em meus mapas, sinalizando
A viagem que eu não fiz
Nem por isso sou menos feliz
Nem por isso sinto menos paixão.
Em meus mapas, sinalizando
A viagem que eu não fiz
Nem por isso sou menos feliz
Nem por isso sinto menos paixão.
Cristhina Rangel.
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