Quero morrer poeta
Quero morrer poeta
e não temerei o inferno
Não terei com Deus,ou outro santo
impedimento pra alcançar o céu.
e não temerei o inferno
Não terei com Deus,ou outro santo
impedimento pra alcançar o céu.
Quando São Pedro com sua chave
Questionar-me as glórias
Direi que fui poeta...
Questionar-me as glórias
Direi que fui poeta...
E amei os encarcerados
e os penitentes
que amei as prostitutas
e os dementes
e os penitentes
que amei as prostitutas
e os dementes
Direi que amei o chão marcado de sangue
dos derrotados
e todas as outras minhas vicissitudes
hão de ser-me perdoadas
dos derrotados
e todas as outras minhas vicissitudes
hão de ser-me perdoadas
As pragas que roguei
Os ódio que carreguei
por tantas vezes ter amado
Os ódio que carreguei
por tantas vezes ter amado
As ofensas declaradas
O orgulho e essa enorme
vaidade
De morrer poeta
O orgulho e essa enorme
vaidade
De morrer poeta
O beijo embriagado de desejo
O excesso de valentia
E a covardia de tantos outros
inimputáveis disparos
O excesso de valentia
E a covardia de tantos outros
inimputáveis disparos
E essa sanha de morrer
vivendo o que sou
e me salvando desse inferno.
vivendo o que sou
e me salvando desse inferno.
Cristhina Rangel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário