sábado, 16 de julho de 2016

Estagnação

Estagnação!
Minha letra não aceita estagnação
Ela como outras coisas doidas, Não se submete
O homem que pisou na lua era poesia,pura!
E o que os que fizeram a muralha da China
Aquilo é loucura!
E o cara que deu cara para o Cristo
e lhe abriu os braços
e lhe deu um coração de pedra mármore
Isso é insanidade!
Eu gosto das coisas loucas!
Fico observando como se eu fosse uma esfinge
às vezes me dói a laringe essas palavras presas
E escrevo às pressas, compulsivamente
Resultado? Nada espero. Não posso é ficar estagnada!
Então quando se abrem as comportas do meu pensamento
e eu fico desatenta ao mundo e suas maravilhas...
que maravilha! Nesse momento crio o meu próprio mundo.
Sou uma verdadeira catarata de tolices, de bobagens...
quem vem até a mim, sabe que vai ouvir o meu estrondo,
que poderá sair molhado, mas tudo é questão de gosto
E eu gosto de ser legítima, embora tudo já tenha sido
de outra forma declarado
O que me prende é falar dos outros, os outros...
Poucos, tenho admirado.
Então me amargura o verso
São tão racionalizados!
Amo a loucura do que sou, das minhas diminutas qualidades
Esse meu egoísmo em falar de mim e das coisas
a quem tenho me dado... corpo e alma.
A melhor razão para ser louco, é poder ser poeta
Atirar pedras, colher flores, submergir em coisas rasas...
como eu e outros poetas que não se deixam ser calados.
Cristhina Rangel.

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