Eu viverei pra mim
já não tenho amarras
O amor que amo é livre
A dor que sinto me pertence
me pertencem minhas pintas
meus sinais, meus sons
meu ritmo
já não tenho amarras
O amor que amo é livre
A dor que sinto me pertence
me pertencem minhas pintas
meus sinais, meus sons
meu ritmo
As canções que voltam do passado
não me atingem, à elas eu não devo
nada mais...
não me atingem, à elas eu não devo
nada mais...
Esses meus ossos quebrados
esses meus olhos aflitos
Os meus risos são só meus
Não há confiscos
esses meus olhos aflitos
Os meus risos são só meus
Não há confiscos
Não me entrego ao compromisso
não há mais contenção em minhas
rimas,
deixo que sangrem
sei lamber minhas feridas
não há mais contenção em minhas
rimas,
deixo que sangrem
sei lamber minhas feridas
Meu rosto no espelho me reflete
tão precisamente
Que meu passado, neste misto de
amores,
já não desperta outras dores
que eu já não tenha sentido
tão precisamente
Que meu passado, neste misto de
amores,
já não desperta outras dores
que eu já não tenha sentido
Corro o risco da solidão
Guardando em mim a multidão
Das mulheres que me habitam
As que geram, as que matam
as que me mutilam...
Guardando em mim a multidão
Das mulheres que me habitam
As que geram, as que matam
as que me mutilam...
e nenhuma te pertence
e nem a outro amor
nem ao amor perene
que hoje eu vivo
e nem a outro amor
nem ao amor perene
que hoje eu vivo
Minhas razões encontro em mim.
Cristhina Rangel.
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