sábado, 16 de julho de 2016

Chove

Chove...
Chove sobre a flor e sobre a lápide
Nas sarjetas e mansões ..chove
Chove sobre mim e sobre os nobres
E eu pobre mortal molho-me
A doçura da chuva limpando o céu
Lava também minha alma
Limpa minhas facas sujas de sangue
Limpa minhas feridas purulentas
Adoça a língua e me exonera da beleza
Porquê chove e nada que se veja
Por detrás dessas vidraças
Será imagem inteira.
Cristhina Rangel.

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