Razão dos versos
avessos.
Eu queria um verso
opulento
que soasse tal qual
canção
em estradas de
primavera
Mas a velha rima
sofrida
me espezinha a alma
abre-me a ferida,
fecha-me cancelas
Minhas assombrosas
elucubrações
apagam as constelações
de sonhos idos
Resta-me apenas
Aldebarã
A estreitar-me à
realidade
E o desejo que o sol.
Me seja menos frio.
Que meus versos sem
sangrias
de paixões,
resistam absolutos à
covardia
ao deitarem-se calados
nas margens da minha
poesia,
Que nem rio, nem
logradouro há de ser
é como lápide,ou
haste, ao sustentar-me
só e fria.
Sem achar razão de
ser.
Cristhina Rangel.
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