sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Apague a luz



Apague a luz

Não tente apagar minhas cicatrizes
deixe a minha histórica no criado mudo
não tente secar meus olhos
deixe a minha mascara no cabide

Não tente me amar, ou dizer coisas bonitas
Deixe tudo no porta de entrar.
Neste comodo pequeno
não caberá

Vamos deixar do lado de fora
nossos amores desfeitos
nossos projetos mal sucedidos
os nossos atos falhos
nossas verdades inocentes escondidas

Não tentarei calar teu grito
não te pedirei tatuagens com meu nome
não quero moldar, nem esculpir
teu coração endurecido

Aqui e agora é o que temos
a pele quente, nossos corpos calejados
esse desejo vivo enquanto exista
tempo para nos arrepender
e talvez jamais terminem essas horas

os nossos olhos tem a mesma cor
e nossa boca o mesmo paladar
os nossos pés os mesmo caminho
(e você é tão lindo)
E só o que eu preciso
É ficar com você a meia-luz

Cristhina Rangel.

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