segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Chibata

Chibata

Chibata que sangra a alma 
Mancha e marca na história
Covarde página 
Escrita pela escória
Desumanidade...
Marcada para não se se esquecer!

Descendente deste choro 
É o meu grito!
Igualdade entre os homens 
No viver e no morrer! 

Pele mestiça de crenças 
De infinitas dores escritas 
Com tintas de sangue 
Que grande nome esquecido..
Mestre Zumbi!

Dor trás das cicatrizes da pele 
Em imunda senzala 
Que guarda, que fere 
E que não se deixa esquecer...

Sofrer que atravessa o tempo 
A chibata corta o vento 
E ecoa e eu volto a sofrer
Pelos meus irmãos negros 

Pela mães que derramaram seu leite
No chão que foi cama
Castigo severo
Sem seu filho para beber

Deixando trancada a tristeza no peito 
Como escravos guerreiros
Hão de ser os filhos 
Do meu ventre mestiço! 

Cristhina Rangel. http://www.youtube.com/watch?v=skxvKlSOpfQ

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