sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Àquele


Àquele.


Quando da sua morte
Cremarei em eterna chama
O amor que me coroastes
Já que fostes precioso
E secreto adorno d'alma...

Serenamente sentirei a fúria
E a inquietação que lhe tomava
Em seus dias introspectivos
E te ouvirei silente
qual um doce espectro
A procurar-te em vida e morte...
Sem romper em gritos

Meu senhor ,e minha sorte
Este olhar que me lanças
Em cofre de puro chumbo
guardarei comigo

E a mim, me dás o tino
Reconecta-me ao divino
Em teus ritos onde tal e qual menino
de mim ri-se e que vê-me

Senhora derradeira, alma esperada
Em seus delírios a guardar-me
No brado das suas dores,
no despontar da sua entrega
Serei tua namorada e consorte

Esta e aquela a quem buscaste
A vida inteira
E em sua pretensão, fê-la rainha
e verdadeira

Cristhina Rangel.






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