Eu estava sentindo saudade das minhas mãos de faca
Cansada de usar disfarces que não me cabem
De versos róseos purpurinados, cheio de cor
Meus versos são metálicos, tem cheiro de suor
Eu me encontro em palavras que ferem
No pus e nas feridas eu me reconheço
E nelas, toda a beleza que preciso
E a minha identidade, idoneidade minha!
Essas máscaras de papel que se desfazem
Quando passam as lágrimas, não combinam
Com meu elmo de guerreira
Há mulheres que trazem
Batons vermelho, eu me caibo no sangue que verto
Não ridicularizo a delicadeza
Mas não tenho tato, tenho traços de dureza
De verdades desdenhadas enlouqueço
Minhas rendas são para os meus amores.
Cristhina Rangel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário