segunda-feira, 11 de maio de 2015

Terápico

 

O escarro da palavra
Que passa sangrando
A garganta
O gole no gargalo
Que passa o grito
_ calando 
A dança sem par
O céu sem lua
Que ensinam o pés
A caminhar na neblina
O verbo insensato que
Mede
Consome
Assume!

O tempo que voa
Enjoo que nasce
Do cheiro de chuva no chão
O cigarro trazido , tragado
Engolido
Nada é findo, nada é nulo
Nem o prurido
Dos amores em carniça
Tudo é terápico
Um ensaio para a loucura

Cristhina Rangel

16.12. 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário