Desague
Deixe-me beber as
fantasias
que escorrem dos seus
lábios
Sem maldade
Sentir o silêncio que
nos toma
e faz entrar em nós
gemidos cúmplices
abafados em tardes
quentes
Nós dois, em nosso
precipício particular
Saltar agora, morrer
depois
Fazer doce esse mar de
orgasmos
Esse prazer profundo e
fingido
Nas sílabas
desencontradas
Do adeus que ensaiamos
e não dizemos.
Cristhina Rangel
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