sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Amanhecer em torvelinho

Depois da noite em torvelinho
A mansidão se achega
Recebo-a com café amargo
Deparo-me com falsidades

Despeço-me dos farrapos
Não quero os diamantes
Sem antes passar pela fornalha

Não quero os elogios
Nem as teorias que me apavoram
Em plena luz do dia

Quero a minha história verídica
Integra nas partes doloridas
Reinventada tantas vezes
Porque eu mudo quando é necessário

Quando é precisa a urgência
Que me faz ser quem sou
Busco minhas raízes
Carrego a minha amargura
Ao lado desta ternura plena
Sou contrária aos silencios

Minha alma é minha poesia
e nela há descrença na fantasia
Não vou colocar mais passarinhos
Em meio a devastação que em mim existe

Prefiro ao longe,
vê-los volitantes, livres
A deixar seus cantos
tristes...

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