No simples olhar que me lanças despe-me
Tece-me sua trama esses seus olhares indecentes
Iridescentes, tal as asas de uma Morpho
Insensato subtrai-me os medos.
Refugo e maldigo esses olhares
Que me tonteiam, que despertam
Minhas mais penosas culpas
Diz-me a que veio?
Senão para atear -me o fogo
de mil candeias?
Mas logo nada vejo,
Nem teus olhos
Só tateio...
E te fazes meu degredo no ato
de desvendar os caminhos do teu corpo
te dedilhando sem juízo ao
comando da tua boca.
A mercê de sua sorte
Não serei jamais absolvida
Pois nem nesta ou noutra vida
Há de haver prisão que me liberte
Dos seus infernos celestes.
Cristhina Rangel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário