segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desejo de Mulher

Desejo de Mulher

Esse desejo me faz transgredir
as minhas doutrinas
a minha libido altera
esse teu sorriso que é só chama

me chama esse teu corpo
Um pouco inocente ,
Um pouco indecente
Quando te mostras pra mim
assim.. tua alma e corpo nu.


Me entontece esse seu jeito
de fazer-te mistério
é etéreo amar que se condensa
Num olhar que me despe
que me surpreende.
Que se faz só meu.

Aos olhos de quem vê. Crônica sobre a trajetória de José de Alencar ex vice predidente do Brasil


Uma Homenagem ao Sr. José de Alencar ( repostagem)

AOS OLHOS DE QUEM VÊ

Baseado numa reportagem exibida no Jornal nacional da rede Globo nesta mesma data. (04.08.2009)
O Repórter Antonio Carlos Burnier, entrevista o Ilmo Sr. Vice-presidente do Brasil José de Alencar.

Hoje assistindo o jornal da oito como costumeiramente, percebi que a mídia não pode transformar as pessoas, as pessoas são o que são!
Não que outras pessoas não tenham chegado a esta conclusão, muito antes de mim, o fato é que eu não estou dizendo das pessoas que assistem a sua TV, enquanto descansam de um dia exaustivo de trabalho, mas sim daquelas que a fazem , daquelas que são a notícia.
Como é de costume, vemos tantas banalidades, tantas teorias furadas, tantas crenças se multiplicando, tantos escândalos nos bastidores de Brasília e de todas as outras casas de onde vêem as leis que só servem para quem está do lado de cá da telas.

Há algum tempo venho assistindo a luta contra o câncer do Sr. José de Alencar, diria que nos últimos 5 ou 6 anos, tendo notícias de suas seguidas cirurgias, as inúmeras tentativas de sobreviver, que até aqui tem feito com que ele sobreviva, e percebo que a mídia de forma geral, só expõe nos seus meios a figura política desse homem, deste bravo!
Digo isto porque não existem bravura maior do que aceitar a vida, porque sei que existem momentos em que nada é suficientemente valioso do que ter o direito a sua dignidade e a sua fé. Este Homem, tem revelado a todos a sua fé de maneira tão clara, tão verdadeira que comove a todos, vi nestes anos que conheço o evangelho, pregadores cheios de unções, das mais diversas, mas em poucos vi tanta dignidade e resignação à vontade de Deus como neste Homem público, que em momento algum se aproveita da situação que vive, para colocar-se como o centro das atenções ou colocar a sua dor acima das suas convicções de fé.
Hoje na entrevista que mencionei acima o Sr. José de Alencar disse ao repórter o seguinte.

Repórter: _De onde o Sr. Tira toda essa força?

José de Alencar: _ Acho que essa força vem de Deus, eu tenho muita fé em Deus!Que seja feita a vontade de Deus.

Repórter:_E essa vontade de viver?

José de Alencar; _É por que a minha vida tem sido útil, é daí que vem minha vontade de viver apesar de tudo e da minha consciência que a minha vida está nas mãos de Deus!

E todas as vezes que ele tem a oportunidade de falar de Deus de dizer que está na dependência de Deus , que é grato por todas as oportunidades de realizar os tratamentos, que ele tem esperança mas conhece os riscos e a possibilidade de sua morte, eu tenho a certeza de que ainda há pessoas honestas, boas, compromissadas com a palavra de Deus, mesmo tendo todos os refletores voltados para Ele o Sr. José de Alencar, declara sua fé e para quem não o conhece pode parecer que é a mais pura demagogia política, uma maneira de se sair bem nas entrevistas, mas para quem tem alguém passa pela mesma luta e sabe a dor que esse mal causa e o que a mídia poderia fazer para explorar essa doença, sabe que é preciso muito mais que coragem para travar essa batalha, sabe que é preciso ter muita fé, uma fé que esteja acima de qualquer título, de qualquer feito, de qualquer posição social ou política.

Tantos motivos para que eu venha dizer que eu respeito imensamente este político, este homem que está passando por todas estas coisas, com honra e com um olhar tão verdadeiro que é capaz de emocionar quem realmente o olhar simplesmente como um ser humano e não como um político, mas um ser humano que está ensinando para muitos o verdadeiro significa da vida e sobre tudo, ensinando a uma multidão o verdadeiro significado do evangelho de Cristo, que é colocar-se em sua dependência, dispor-se a passar pela dor sem lamentações em público, sem fazer parecer-se um coitado ou aproveitar-se dos holofotes em beneficio próprio.

Á este ser humano que tenho visto nas telas a minha profunda gratidão por estar me ensinando a ver as pessoas da mídia com olhos mais humanos e voltar a acreditar que existe lá em Brasília pessoas que possuem um coração humano de fato, e a me fazer descobrir que a grande diferença em tudo o que somos obrigados a assistir está nos olhos de quem vê. Nos meus e nos seus olhos!
Lembrando que são 12 anos tentando sanar o câncer e ainda tem esperanças de viver, não sei quantos Josés de Alencar estão do lado de cá das telas, mas sei que são muitos, e a estes muitos, eu desejo que tenham também a dependência em Deus e a dignidade para aceitar a vida e declarar como o Sr. José de Alencar: Seja feita a vontade de Deus!

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Publicado no Recanto das Letras em 05/08/2009
Cristhina Rangel
Publicado no Recanto das Letras em 29/03/2011
Código do texto: T2877652

Indique para amigos
Denuncie conteúdo abusivo
Uma Homenagem ao Sr. José de Alencar ( repostagem)
AOS OLHOS DE QUEM VÊ

Baseado numa reportagem exibida no Jornal nacional da rede Globo nesta mesma data. (04.08.2009)
O Repórter Antonio Carlos Burnier, entrevista o Ilmo Sr. Vice-presidente do Brasil José de Alencar.

Hoje assistindo o jornal da oito como costumeiramente, percebi que a mídia não pode transformar as pessoas, as pessoas são o que são!
Não que outras pessoas não tenham chegado a esta conclusão, muito antes de mim, o fato é que eu não estou dizendo das pessoas que assistem a sua TV, enquanto descansam de um dia exaustivo de trabalho, mas sim daquelas que a fazem , daquelas que são a notícia.
Como é de costume, vemos tantas banalidades, tantas teorias furadas, tantas crenças se multiplicando, tantos escândalos nos bastidores de Brasília e de todas as outras casas de onde vêem as leis que só servem para quem está do lado de cá da telas.

Há algum tempo venho assistindo a luta contra o câncer do Sr. José de Alencar, diria que nos últimos 5 ou 6 anos, tendo notícias de suas seguidas cirurgias, as inúmeras tentativas de sobreviver, que até aqui tem feito com que ele sobreviva, e percebo que a mídia de forma geral, só expõe nos seus meios a figura política desse homem, deste bravo!
Digo isto porque não existem bravura maior do que aceitar a vida, porque sei que existem momentos em que nada é suficientemente valioso do que ter o direito a sua dignidade e a sua fé. Este Homem, tem revelado a todos a sua fé de maneira tão clara, tão verdadeira que comove a todos, vi nestes anos que conheço o evangelho, pregadores cheios de unções, das mais diversas, mas em poucos vi tanta dignidade e resignação à vontade de Deus como neste Homem público, que em momento algum se aproveita da situação que vive, para colocar-se como o centro das atenções ou colocar a sua dor acima das suas convicções de fé.
Hoje na entrevista que mencionei acima o Sr. José de Alencar disse ao repórter o seguinte.

Repórter: _De onde o Sr. Tira toda essa força?

José de Alencar: _ Acho que essa força vem de Deus, eu tenho muita fé em Deus!Que seja feita a vontade de Deus.

Repórter:_E essa vontade de viver?

José de Alencar; _É por que a minha vida tem sido útil, é daí que vem minha vontade de viver apesar de tudo e da minha consciência que a minha vida está nas mãos de Deus!

E todas as vezes que ele tem a oportunidade de falar de Deus de dizer que está na dependência de Deus , que é grato por todas as oportunidades de realizar os tratamentos, que ele tem esperança mas conhece os riscos e a possibilidade de sua morte, eu tenho a certeza de que ainda há pessoas honestas, boas, compromissadas com a palavra de Deus, mesmo tendo todos os refletores voltados para Ele o Sr. José de Alencar, declara sua fé e para quem não o conhece pode parecer que é a mais pura demagogia política, uma maneira de se sair bem nas entrevistas, mas para quem tem alguém passa pela mesma luta e sabe a dor que esse mal causa e o que a mídia poderia fazer para explorar essa doença, sabe que é preciso muito mais que coragem para travar essa batalha, sabe que é preciso ter muita fé, uma fé que esteja acima de qualquer título, de qualquer feito, de qualquer posição social ou política.

Tantos motivos para que eu venha dizer que eu respeito imensamente este político, este homem que está passando por todas estas coisas, com honra e com um olhar tão verdadeiro que é capaz de emocionar quem realmente o olhar simplesmente como um ser humano e não como um político, mas um ser humano que está ensinando para muitos o verdadeiro significa da vida e sobre tudo, ensinando a uma multidão o verdadeiro significado do evangelho de Cristo, que é colocar-se em sua dependência, dispor-se a passar pela dor sem lamentações em público, sem fazer parecer-se um coitado ou aproveitar-se dos holofotes em beneficio próprio.

Á este ser humano que tenho visto nas telas a minha profunda gratidão por estar me ensinando a ver as pessoas da mídia com olhos mais humanos e voltar a acreditar que existe lá em Brasília pessoas que possuem um coração humano de fato, e a me fazer descobrir que a grande diferença em tudo o que somos obrigados a assistir está nos olhos de quem vê. Nos meus e nos seus olhos!
Lembrando que são 12 anos tentando sanar o câncer e ainda tem esperanças de viver, não sei quantos Josés de Alencar estão do lado de cá das telas, mas sei que são muitos, e a estes muitos, eu desejo que tenham também a dependência em Deus e a dignidade para aceitar a vida e declarar como o Sr. José de Alencar: Seja feita a vontade de Deus!

Cristhina Rangel.

Pode o Homem viver sem Deus?

Pode o homem viver sem Deus?

Pode o homem viver sem Deus?
Penso em como acordar pelas manhãs e pensar tão simplesmente sou, que somos nada mais, nada menos,do que o efeito de um acontecimento biológico, um mero acaso na vastidão do universo.

Tento imaginar em como ser alguém que é apenas um animal, ou imaginar que todas as sensações que tenho e minhas necessidas são simplesmente fisicas, patologias que pouco ou quase nada diferem de outros animais.

Tento, porém não consigo sequer, supor que a minha vida, que nossa vida não faça parte de um propósito muito maior. Tento ver-me simplesmente como uma criatura mas também não consigo, não consigo acreditar em teorias evolutivas que revelam nossas fragilidades, nossas debilidades. Já cheguei a pensar que os dez por cento que utilizamos de nosso cérebro seja compensado pelos noventa por cento de espirito que imagino que tenhamos todos nós.

Nenhuma ciência é capaz de me explicar o que é esse amor que nos desperta o medo de perder alguém que amamos, nem a necessidade de estar junto de pessoas que nos fazem bem, querer fazer o bem, querer ser útil...alguém pode me explicar o que é isso?

Apenas em Deus eu encontro essas respostas, penso que nosso espirito se aconhega a outros e cria laços tão fortes, tão livres de toda a ciência. O que ganharia em provar a mim mesmo que não há um Deus? Como seria viver sem Deus? Quanto me acrescentaria ter as respostas sobre Deus? Pois bem! Cheguei a conclusão que não sou animal, não sou resultado de transfomaçõeos bioquimicas, explosões de átomos, não! Eu me recuso a acreditar que minha vida seja acaso, seja inútil...apenas mais um "ser" no meio da biosfera, apenas mais uma pessoa.

Eu não saberia viver sem Deus! Eu o percebo, eu o ouço no meu interior, o vejo obras de suas mãos...está certo! Sou louca...
Mas é o tipo de loucura que todo homem deveria experimentar, todo homem deveria pelo menos tentar acreditar que sua vida tem um sentido maior, uma razão maior, uma razão pra ser e estar aqui neste planeta, Cheio de confusão, de guerra..mas também cheio de crianças, flores, plantas, bichos...sentimentos e sentir-se ímpar.

São apenas divagações que transcrevo por acreditar que o mundo seria muito melhor se os homens não criassem tantos deuses, e crescem em um único criador e que basta apenas um poucquinho de atenção e poderíamos ver o quão especial somos todos nós.

Eu creio em Deus e você?

Poema de Abril

Poema de Abril.

Coisa fácil é fazer poema
A gente pega a dor
Ou outro sentimento que valha a pena
Se a pena for grande demais
A gente colhe as lágrimas
Deixa ali a alimentar as palavras

Se é saudade, será pura maldade
Deixar passar sem uma palavra gravar
E a gente pega as palavras que não foram ditas

E dita para papel... se é a falta de um céu
Ou se é da tristeza o mar
A gente pinta com as cores de olhos tristes
E com cores de sorrisos felizes
Da cor de maçã do amor

É assim que se faz um poema
No ranger dos dentes na noite quente
Que a cama é pequena e a gente sente ausência.

Nas tardes frias de vento outonal
Que com indiferença leva embora a folha do jornal
E que não traz noticias de nosso bem .

E assim as palavras são ditas , ensinadas,
E lançadas na margem explicitamente
Geradas de um “Q” de alma que nem a gente entende

Que a gente esquece que tem.


Cristhina Rangel.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Lembro Mais


Lembro-me mais do dia em que partistes
Do que o dia de tua chegada
Em tua chegada a laranjeira estava florida
E o ar carregado de uma doçura cítrica.
Que se misturava ao teu cheiro
Amadeirado e quente, de um ambiente calmo
Que combinava com a flor branca em meu cabelo

Quando te fostes transformou-me a paisagem
Vi-me rasgada pela força brutal
De um quase Sansão com que partistes
E desde então encontro meus pedaços

Meu olho direito dentro da geladeira
Meus pés encontro sempre à soleira
No aparador ao lado do vaso vazio
encontro minhas mãos frias
(Não sei que mês acabou...)

Os rins gelatinosos espalhados
pelo teto e no ventilador
Meu estômago revirado sempre
atrás da porta que deixou escancarada
E meus tendões frágeis, estiolados
Remendo sem nenhum vigor


E assim revivo a cada instante
a teu partir e me remonto
Recordando o dia da tua partida
lembrarei mais até que eu me encontre.

Cristhina Rangel.










Morpho ( Infernos Azuis)


No simples olhar que me lanças despe-me
Tece-me sua trama esses seus olhares indecentes
Iridescentes, tal as asas de uma Morpho
Insensato subtrai-me os medos.

Refugo e maldigo esses olhares
Que me tonteiam, que despertam
Minhas mais penosas culpas

Diz-me a que veio?
Senão para atear -me o fogo
de mil candeias?

Mas logo nada vejo,
Nem teus olhos
Só tateio...

E te fazes meu degredo no ato
de desvendar os caminhos do teu corpo
te dedilhando sem juízo ao
comando da tua boca.


A mercê de sua sorte
Não serei jamais absolvida
Pois nem nesta ou noutra vida
Há de haver prisão que me liberte
Dos seus infernos celestes.

Cristhina Rangel.

Indomável


Indomável.

Creia, quando leres estas linhas estarei distante, certamente terei sido levada pelas minhas tempestades, essas minhas minhas ventanias são tão fortes que me apartam de tudo que eu quero ter por perto.

Digo-te isso para que não vejais ingratidão no meu partir, mas para que saibais que na previsão de um fim, prefiro levar a ternura destes teus olhos celestes a tê-los tristemente guardados em carmim.

Eu que já alforriei tantos amores, sem jamais deixar bilhetes ou desculpas pedir, confesso que meus rios ainda convergem aos teus mares tropicais, me impelem a permanecer, rodeada de seus braços e de teus silêncios, imersos em prazeres descobertos neste meu corpo que reluta em estar acorrentado..Eu sou navio sem âncoras, vivo a debater-me por rochas e encostas, se permaneço naufrago no mar destes teus sonhos.

Ora, vês! Não é por falta de querer-te e sorver-te de tão imensa forma, que o despeço. Quero eternizar o amor que lhe tenho, pois convenhamos não sobreviveria ele aos meus arroubos femininos, certamente se transformaria ao meu bel prazer e logo não seria mais quem és, um condor que enfeita o céu em indomável liberdade.

Por agora, guarda-me em teu peito sem mágoa, sem queixumes e eu já morta de ciumes deixo-lhe esse adeus.


Cristhina Rangel. ( série cartas)

Aparição

Aparição

Quando não te vejo
é que te amo mais
Porque em tua ausência
Não sinto outros amores
(É tudo deserto. )


E suponho que esteja em ti
a parte minha que é capaz de ver
a parte capaz de sentir
está em tua pele, doce, leve

E no sussurro do vento pela rua
tua imagem nua, é quase sacra
Santíssima , esculpida em mármore

É quase aparição que me surpreende
Num breve instante, que te vejo
Presente no meu próprio vulto
Na percepção de ter
em mim o teu perfume.


Cristhina Rangel.
(Original em Italiano)

Amantes

Amantes

Não Sabem!
Eles não sabem!

O sol não sabe a intensidade
Que a tua pele me arde

Nem a lua sabe quantas faces tenhos
Nesta cama, minha e tua...
E são muitas
Essas minhas fases que só tu conheces.

Nem o mar alcança a amplitude dessas
nossas ondas de volúpia, desconhece
essas ondas que são tuas...

Desconhece a flor o teu buquê e as sementes
Que plantas e o prazer faz renascer

Eles não Sabem!

Só as paredes sabem..mas estas
Nós fingimos esquecer!!!

Cristhina Rangel.

Alma Velha

Hoje vi minha velha alma
E chorei como menina
Tentei correr e por meus pés no rio
Não o alcancei..

Tentei rodopiar e ver
No barrado da minha saia
As flores da primavera
Mas era inverno, eu era fria..

Tentei desfazer-me dessa tristeza
Entretanto ela a mim se prendia
Como nódoa, um visgo de lembranças tantas
Eram tantas - Meu Deus! - tantas que eu via!

Rendi-me a dor de ser o que restou
Da menina que eu fui um dia
Nas cicatrizes dessa minha alma triste.

Cristhina Rangel.

Desarma-me



Troco hoje a minha doze, por um salto oito.
Minha insígnia, por um colar de brilhantes finíssimo,
combinando com os brincos.

Deixo guardado o colete
preparo um vestido vermelho rendado,
sem alças e as ligas.
Eu gosto de correr perigo!

Na carteira pequena de mão,
eu carrego o batom.
Deixo o rádio no canto esquecido.
Sou o alvo certo, da tua líbido.

No salão iluminado, de luzes festivas
Não tenho disfarces, eu quero ser vista!
Meus cabelos castanhos, em minhas costas nuas,
onde atiras o teu desejo, me beijando suave
e me arrepias a nuca.

Eu provo o poder das algemas que são
as tuas mãos, envolvendo a minha cintura.
Não me arrisco a uma fuga!
A minha estratégia é só me render!
Lutar só se for no prazer.

Num corpo à corpo, frenético e brutal
Onde nem o gozo é o golpe final.
Me deleito na tortura das tuas carícias
lambendo-me a pele suada e sedenta
da tua volúpia.

Quebrando a razão das leis, que a vida me impõe
transgrido no tempo sentindo o teu cheiro
e o teu jeito tão meu, de nos fazermos únicos.

Desarmada e nua,
suas mãos revistam meus esconderijos,
eu te confesso que sou toda tua,
e o teu corpo se faz meu escudo.
Minha tática, minha conduta!


Cristhina Rangel.